Compositor: Sopor Aeternus & the Ensemble of Shadows
Aquela pequena montanha cresce (silenciosamente)
Ao passo que outra se dissolve em planície
O tempo redefine-se (irracionalmente)
E cai melancolicamente de grão em grão
“O tempo cura todas as feridas”
O eco de duas línguas parece dizer
Mas nada, nada muda
Os resquícios da dor permanecem, não desaparecem
Eu fiquei fraco, à medida que envelheci
O tempo foi me tornando lento
Enquanto eu fecho minhas mãos na escuridão
Passam mil estações
Poderosas o suficiente para cobrir tudo
E cruel o suficiente para revelar
As feridas e cicatrizes que eu carrego
Nem força ou beijos podem curá-las
Não, o tempo não cura nada, coisa nenhuma
Ele se afasta com malevolência, gargalhando
deixando-o partido ao meio e em desafio
Adicionando outra cicatriz
Chame-o secretamente enquanto eu me contorço
Contando horas, séculos
A dor cresce e arde em torrentes
Incapaz de desaparecer, relutante em cessar
Não, o tempo não cura coisa alguma, nada, nada
Empurra até estarmos imersos em corpos distintos
O tempo não cura nada, coisa alguma, nada
Apenas aumenta as chamas internas
O tempo crava suas garras, estou perdendo as forças
Não há esperança para mim na terra
Talvez o tempo continue lento ou passe rapidamente
Em qualquer caso, ele fará pior
O tempo é breve, o tempo permanece parado
Não para por ninguém, e estamos presos nele
Pensei que eu poderia sonhar com a luz
Eu estou caindo novamente nas trevas
Como eu queria que eu estivesse morto
E finalmente descansar em paz
Mas até mesmo o luxo da morte
Não pode curas as feridas que o tempo não curou