Compositor: Anna-Varney Cantodea
Passeando sozinha... através do antigo cemitério...-
Iga-me, não é tudo aqui... de um verde eterno?
Percebo que vários visitantes também estão aqui reunidos,
Passando o tempo, perambulando pelo antigo cemitério... assim como eu.
Mantenho uma vela acesa para mim mesma, assim não vou me sentir sozinha;
Deveríamos todos fazê-lo, mas não celebramos qualquer coisa aqui, contudo.
Um pesado cansaço desliza cruelmente como xarope descendo das colinas,
Caindo sobre todos... como ele se rasteja sobre os monumentos...-
Somente eu escapo do seu poder, pareço imune para o momento;
Ainda, duas senhoras idosas, vigiando à direita, o túmulo futuro,
Estão me repreendendo, tão cheias de raiva, repletas de inveja e desprezo:
"Os mortos estão furiosos contigo
Porque estás desperdiçando teu precioso tempo!"
Agora há rostos no tapete, há pessoas vivendo nas paredes;
Eu ouço os mortos gritando: "a tristeza permanece nas horas mais sombrias antes do
Amanhecer!"
Nesses momentos, fugazes como são, eles nos revelam
Eles são as testemunhas silenciosas de uma época prestes a passar;
Não posso deixar de admitir, descuidadamente ignorando a finitude da vida,
Que estou cheia de medo e preocupação...e muito envergonhada por causa disso.
Bem, tudo o que vejo, sim todas as imagens estão embaçadas,
É difícil de adivinhar o futuro no mundo míope.
Como poderia esta tola desvantagem ser ligeiramente ignorada,
Tendo em vista a terrível cegueira com a qual eu nasci.
Todos deveriam fazer isso, mas nós nunca celebramos qualquer coisa aqui, contudo;
Eu ouço os mortos gritando: "a tristeza permanece nas horas mais sombrias...
Logo antes do amanhecer!"